Líder comunitário executado em São Luís disse que comunista iria matá-lo

Assassinado na noite de ontem (1), o líder comunitário Nestor Almeida previu que seria assassinado. Nestor, que era um dos ativistas por moradia mais conhecidos da capital maranhense, foi morto a tiros em um bar. Anos atrás o líder comunitário apontou secretário de governo, Márcio Jerry, como possível mandante de um futuro atentado contra ele. A acusação foi feita ainda em 2015, há sete anos.
“Quem matou o jovem Fagner na Vila Luizão não foi a PM, mas sim a ordem do ditador Márcio Jerry, e eu sou o próximo segundo gente ligado à ele, por isso, Direitos Humanos, se me matarem, já sabem a quem prender”, disse em suas redes sociais.
No ano da acusação, Jerry ocupava a Secretaria de Articulação Política e Assuntos Federativos. Procurado para opinar sobre a situação, Jerry desconsiderou a situação.
Durante aquele período, Nestor comandou uma série de protestos contra o Governo do Estado que foram severamente reprimidos pelo governo. Mulheres e crianças chegaram a ser atingidas com bombas de gás. Era o primeiro ano de gestão do governador Flávio Dino (PCdoB).
É improvável que o secretário seja investigado com base nas declarações publicadas em perfil social da vítima. A Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, acionada por Nestor, também deve eximir-se de qualquer manifestação sobre o caso.
Ocorre que a situação seria completamente diferente se Nestor Almeida tivesse acusado algum membro da Família Sarney, apoiador de Bolsonaro ou membro da oposição do governo Flávio Dino
E aí está o cerne dessa situação: por que tratar a situação com desdém para uns e com extrema gravidade se tivesse sido com outros?
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