
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, é ré em uma ação trabalhista movida pela ex-cuidadora de sua mãe. O processo começou a tramitar na Justiça do Trabalho da cidade de Porto Alegre em março do ano anterior.
A ex-cuidadora da mãe Rosa Weber foi contratada pela própria ministra do STF em janeiro de 2015, solicitou que sua carteira fosse assinada, o que não ocorreu, e trabalhava em jornadas diárias de 19 horas de domingo à sexta na casa de Zilah Pires, mãe da ministra. Para ficar à disposição de Zilah nas madrugadas, a então funcionária dormia na casa da mãe de Rosa Weber. Por conta disso, a ex-cuidadora da mãe da ministra do STF exige indenização moral e existência, acionais noturnos, recebimento de férias, horas extras e outros benefícios não pagos.
Curiosamente, em outubro de 2017, Rosa Weber, ex-ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), suspendeu uma portaria do governo Temer que mudava regras de fiscalização de trabalho escravo e gerava nova definição à jornada exaustiva, conceitos de trabalho forçado e condições análogas ao trabalho escravo sob justificativa de que a escravidão moderna é mais sutil e os impedimentos à liberdade podem ser oriundos de diversos constrangimentos não necessariamente físicos, mas, também, econômicos.